quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Shabath Dinner

Oi amigos e irmãos. (não uso um cumprimento mais formal porque não sei a hora que vocês vão ler!)
Vim relatar uma experiência que eu tive aqui com alguns voluntários que foi muito legal, mas antes vou explicar um pouco do contexto.

Em Gênesis, no capítulo 2, versículo 3, diz que Deus descansou ao sétimo dia, e o santificou. Ele criou o universo em 6 dias e descansou no sétimo. A semana, como todos sabem, começa no Domingo, então sábado é o sétimo dia. Na religião judaica crê que é um dia santificado pelo Senhor, e para o Senhor(no livro das leis também fala pra ser um dia consagrado ao Senhor, num trabalhar, etc..). E, realmente, das 6 da tarde de sexta, até às 6 da tarde de sábado aqui, o país pára! Num tem ônibus, todas as lojas são fechadas, etc(os judeus nem podem dirigir no Sábado!). E o jantar de sexta é muito esperado também, porque é um momento que a família vai se reunir, vão se consagrar a Deus, etc. Nós, cristãos, cremos que todos os dias são consagrados a Deus, não só o sábado, e Jesus mesmo diz isso, no livro de Mateus, cap. 22, do vers. 36 ao 40, onde ele fala que os dois grandes mandamentos são: amar a Deus acima de todas as coisas, e amar ao próximo como a si mesmo. Não é mais pela Lei que nós vivemos, como era antes de Jesus, e sim pela Graça de Deus.

Nessa sexta(isso foi dia 9/11), nós saímos daqui às 7 da noite, em direção à casa do casal que convidara a gente. Fomos: eu, Aline, Taíse, Michelle, Maria(Finlândia), Natalia(colombiana), Eilor e Ryan(casal, ele é canadense e ela, israelense). Lá na casa moravam a Nancy(colombiana) e o Jamie(americano). E eles estavam com duas visitas, a Linda e a Edna, duas senhoras americanas, muito fofas. São 12 pessoas! Hehehe...ô numero ungido...LAI

Chegamos lá, conhecemos a casa(o andar de baixo só) e nos acomodamos. Até então, não conhecíamos a Nancy e o marido dela, o Jamie(na verdade, só a Natalia, o Ryan e a Eilor conheciam), e ela vaio se apresentar pra gente, dando seu testemunho ao mesmo tempo..;-) Mais ou menos, as palavras delas foram:
“Eu sou a Nancy, sou colombiana, e moro aqui em Jerusalém há 3 anos e meio. Eu era voluntária como muitos de vocês, e depois de voluntariar no Yad Hashmona, Deus me deu a direção pra ficar por aqui. Conheci o Jamie e nos casamos. Não trabalhamos, somos estudantes ainda, e essa casa aqui foi oferta de uma família sensível à voz de Deus, que saiu da sua casa e deram pra gente morar, mas continua a pagar as contas daqui. Tem que ter uma fé e uma intimidade muito grande com o Rei pra isso. Nós num pagamos nada aqui, Deus nos provê com TUDO, então, nada mais justo do que dividirmos tudo que ele nos dá, então, todo Sabath Dinner nós convidamos as pessoas pra virem jantar conosco. Não ligamos pra qual denominação vocês pertencem, isso realmente não é importante para nós, o que realmente importa é que nó fazemos parte do mesmo corpo, o corpo de Cristo, e nós estamos aqui pra glorificar a Ele, que é o único que é digno! Aleluia. Fiquem a vontade, sintam-se em casa, porque realmente vocês estão numa casa dada por Deus a nós.”. Depois dessas palavras, não precisa nem falar que nós ficamos super a vontade né..? hehe

Conversamos lá no sofá, até que o jantar ficou pronto. Nos reunimos em volta da mesa, e a Nancy falou de novo: “Esse jantar é uma tradição israelense, não apenas da religião judaica, e a única coisa que nós usamos também é que nós acendemos uma vela. Na verdade, isso tem mais sentido feito por nós, porque nós somos a luz do mundo.” Nesse momento, nós ceiamos, o Jamie deu um pedaço do pão pra cada um, fez uma oração, consagrando tudo a Deus, e nós comemos do pão, que representa o corpo de Jesus. Da mesma forma, tomamos do vinho, que represente o sangue derramado por Jesus, pra nossa salvação. Depois disso o jantar estava servido, poderíamos comer.

O cardápio era: pimentão recheado, berinjela a milanesa, salada, frango empanado. Tava uma delícia! A sobremesa era um pastelzinho doce com abacaxi dentro, e fora um creme branco...estava uma delícia também, mas eu num sei precisar o que era aquilo.
Depois do jantar, e antes da sobremesa, eu engatei numa conversa com uma das senhoras americanas que tava interessantíssima! Ela tava dizendo sobre a festa de Tabernáculos, falando que o calendário judeu está errado, segundo a bíblia, porque a festa de Tabernáculos é a festa da colheita, e os campos têm que estar prontos pra colheita. E não estavam. Ela disse que na Palavra, fala que essa festa é no sétimo mês do ano, mas num é em julho, porque o ano começa na festa das primícias, a Páscoa. Falou também sobre a Lua, que, para terminar um ciclo completo, ela leva ou 29 ou 30 dias, que é o período de um mês. E falou algo sobre o ano bissexto também. E que, por isso, o calendário judeu pra festa de Tabernáculos tava meio furado em relação ao calendário bíblico, e essa festa é pra ser comemorada, na verdade, mais ou menos um mês depois do que é comemorada. Foi uma conversa meio totalmente viajante, mas interessante pra caramba. E ainda que foi em inglês!!! Algumas vezes a conversa imperrou, mas deu tudo certo no final! Hehe.

Depois de tudo isso, nós nos reunimos todos na sala pra louvar a Deus. A Natalia toca muito bem violão, e tem uma voz muito bonita também, então ela puxou o louvor. Foi muito edificante, e no meio do louvor, o Jamie, que tinha buscado a bíblia dele, encorajado pela Nancy, começou uma pregaçãozinha daquelas que são totalmente guiadas pelo Espírito Santo, daquelas que parece que ele só vai dar uma mensagenzinha, e acaba dando uma pregação linda. Ele pregou a palavra de Judas 20-23. Falou sobre entrega genuína a Deus, sobre o amor, não só pelos amigos, mas por quem nem mesmo conhecemos, falou sobre santidade. Cara, foi muito bom.

Depois continuamos a louvar, e entre um louvor e outro, a Nancy falou assim: agora os brasileiros vão cantar uma música em português...hahaa...e nenhum de nós toca, nem canta, nem nada...agora é engraçado, mas na hora eu devo ter ficado da cor do sangue viu...haha...mas cantamos, sem acompanhamento nem nada, Poderoso Deus, do Pr Antonio Cirilo. Aí ela explicou o significado da letra pras outras pessoas.

Pouco depois disso, nós fomos embora. O cara q levou a gente chegou às 11:30 lá pra nos buscar. Voltamos pra cá muito felizes...pelo menos eu.

Grande beijo
Augui

2 comentários:

BEL disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
BEL disse...

Hine ma tov uma nayim shevet achim gam yachad!
Saudades, ach sheli!
Neshikot rabot!
BEL